08/04/2008

Com pó, rugas e teias #1

Quem me conhece ou lida comigo por mais de 10 minutos, depressa concordará comigo que se eu fosse um objecto, seria uma daquelas caixas de cartão que, ainda que novas e compradas em promoção, levam com as fotografias, filmes, amuletos, recuerdos, souvennirs e quinquilharias e que vão especificamente para a prateleira mais obscura ou para o sotão mais sujo, ganhar pó por não menos que um bom par de anos. Preferia mil vezes ser um ursinho de pelúcia... mas há quem tenha alergia a mim.

É que ao que parece, eu sou uma pessoa nostálgica! Gosto muito de coisas antigas! Gosto das minhas lembranças! Gosto até de lembranças que nunca chegaram a ser minhas, e que só as conheço porque certamente as vi como lembranças dos mais velhos. Gosto de ver o fenómeno do que um dia foi considerado moda, hoje ser repugnante, e daqui a uns anos voltar a ser o ultimo grito. Gosto dos Twenties, gosto dos Thirties, gosto dos Fifties, dos Sixties, dos Seventies, adoro os Eighties e idolatro os Nineties. Curiosamente, os Fourties não me dizem nada. Essa fornada deve ter sido inútil. Vou ter alguns problemas para denominar a presente década no futuro. Principalmente em inglês. Com sorte, pode ser que não goste de nada de agora!

Por isso, doravante e quando achar pertinente, vou presentear-vos com pequenos tesourinhos (alguns que ainda persistem ) que me comovem e que têm a capacidade de me transformar numa criatura obsoleta, ridícula e, ás vezes até, com alguns reflexos fushcia e azul eléctrico!


E aqui fica o primeiro premiado:

Leite Vigor! Mas o quarto de leite Vigor, e aqueles que vinham em pacotinhos pequenos em forma de casinha! Aliás, acho pequenos de mais para serem um quarto de leite, mas não me lembro de ouvir ninguém dizer que era um quinto ou um sexto, portanto deve ser mesmo assim.

Por outro lado, lembro-me também com carinho daqueles pacotes de litro ao estilo pacote de ervilhas que se serviam num suporte de plástico com uma pega! Era assim que as funcionárias da escola me serviam o leite à hora do lanche, quando eu me esquecia do cestinho em casa (sim, esse será também alvo de reflexão posteriormente).

Antes de mais aproveito para insultar a oferta de imagens por parte do Google, que é miserável. O mais próximo que consegui do pacote de litro foi um de natas frescas, mas pronto, dá para criar uma semelhança:

Aqui está ele!



Um beijinho!

1 comentário:

Anónimo disse...

acabei de ler as tuas lembranças de tempos passados adorei !!como sempre .continua a escrever tens um geito muito especial de descrever os factos beijócas da VOVÒ!!!