Mais um inicio de noite saboroso no Adamastor, passado comigo mesma e com os sons improvisados na curva de um sorriso, a respirar um bocado de Lisboa e do rio para limpar tudo cá dentro.
O sol hoje fez-nos uma visita, num jeito meio trocista, depois dos dias cinzentos que dançaram esta semana toda. Olho o por do sol e penso como é que ele será do outro lado. Pois é. 18 anos a ver o sol todos os dias e nunca lhe vi as costas. Será igual? Será a mesma luz? Será mais feio? Porque é que raramente nos interrogamos sobre aquilo que não conseguimos ver? O campo da imaginação é muito menos nítido… mas aposto que é muito mais bonito do que o físico e visível.
Eu por exemplo, daqui vejo o Cristo Rei de braços abertos para mim, denunciando uma esperança com os seus olhos postos em nós. Já quem vive do outro lado do rio, só lhe vê o rabo!
Às vezes gostava de ver o que não consigo.
Mas vou deixar isso ao critério da minha imaginação desfocada!
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