Quando a nossa professora de Inglês Criativo nos dá um poema extremamente original como este
Sticks and stones are hard on bone
Aimed with angry art
Words can sting like anything
Silence braks the heart
e nos pede para fazermos o que quisermos com ele, para além da imagem visual imediata que tenho das minhas mãos a amarfanharem o papel com a dita quadra e a atirarem-no para o mais próximo do horizonte possível, surgem outras ideias igualmente parvas como esta
E tenho dito! Tó Brigada.
26/11/2007
18/11/2007
Glossário de Algibeira
Javali (segundo o meu petiz irmão de 5 anos) : Porco em forma de ouriço.
Pois claro! Assim não restam margens para dúvidas! Claro como a água!
O mundo seria tão mais bonito se toda a gente passasse a dizer "pequena égua ruça de chifres" quando se quisesse referir a uma cabra...
Pois claro! Assim não restam margens para dúvidas! Claro como a água!
O mundo seria tão mais bonito se toda a gente passasse a dizer "pequena égua ruça de chifres" quando se quisesse referir a uma cabra...
08/11/2007
6º Mistério - O d'O Dialecto Infantil
Parece-me a mim que já quase toda a gente foi criança algures na vida! Uns numa época, outros noutra, mas um fenómeno curioso é que, ao contrário das indumentárias, cortes de cabelo, modas de nomes, há duas coisas que permanecem invariavelmente intemporais e intocáveis: as pirraças e as lenga-lengas.
Vamos por partes:
Lengalengas - Desde que me conheço a mim, a minha mãe se conhece a ela e o meu irmão igualmente (ainda que mal, que ele acha que é uma vulgar criança de 5 anos mas na verdade esconde em si o Senhor das Trevas), que cantamos as mesmas músicas enquanto marcamos o compasso com palmas numa rodinha de piquenos. Quem não conhece o " Se tu visses o que eu vi, oh dominó", ou mesmo o "Era uma velha-lha, que tinha um gato-to"? Aposto que o Sancho Primeiro ainda mal sabia manejar a espada, já ele entoava o "Enrola o melão, desenrola a melancia" juntamente com os outros seus irmãos e infantes, Afonsinho, Urraca e Teresinha. Não se vê logo que o "A-ona-ona-dé" é indiscutivelmente Português arcaico a descair para o Latim?!
Pirraças e ofensas - Todos sabemos que as crianças ainda não compreendem em si uma série de bases e alicerces gramaticais, sintácticos e semânticos. A conjugação verbal nem sempre ser perfeita, e as sílabas ainda têm um carácter móvel dentro das palavras. Mas ainda estou por descobrir qual o mecanismo Freudiano ou esquizofrénico que os faz conceber e apregoar insultos como:
Vamos por partes:
Lengalengas - Desde que me conheço a mim, a minha mãe se conhece a ela e o meu irmão igualmente (ainda que mal, que ele acha que é uma vulgar criança de 5 anos mas na verdade esconde em si o Senhor das Trevas), que cantamos as mesmas músicas enquanto marcamos o compasso com palmas numa rodinha de piquenos. Quem não conhece o " Se tu visses o que eu vi, oh dominó", ou mesmo o "Era uma velha-lha, que tinha um gato-to"? Aposto que o Sancho Primeiro ainda mal sabia manejar a espada, já ele entoava o "Enrola o melão, desenrola a melancia" juntamente com os outros seus irmãos e infantes, Afonsinho, Urraca e Teresinha. Não se vê logo que o "A-ona-ona-dé" é indiscutivelmente Português arcaico a descair para o Latim?!
Pirraças e ofensas - Todos sabemos que as crianças ainda não compreendem em si uma série de bases e alicerces gramaticais, sintácticos e semânticos. A conjugação verbal nem sempre ser perfeita, e as sílabas ainda têm um carácter móvel dentro das palavras. Mas ainda estou por descobrir qual o mecanismo Freudiano ou esquizofrénico que os faz conceber e apregoar insultos como:
- Mariquinhas pé de salsa (porque os molhos de ervas aromáticas em geral são extremamente comoventes)
- (...) O teu pai é jacaré (e tu és um mutante cromossómico)
- Lava a cara com chulé (amacia a pele e dilata os poros)
- Songa-monga (nem Pessoa faria rimas melhores)
- Rebenta a Bolha (porque é um fenómeno extremamente periogoso para todos os utentes da via pública e há que deixar tudo o que estão a fazer)
Enfim, muitos mais existirão de que não me recordo agora, mas que apelo desde já para que qualquer expressão desta estirpe que considerem merecedora de partilha, deixem por favor num comentário, de forma a enriquecer este documento.
07/11/2007
5º Mistério - O d'O 93
Olhares atentos, clima de tensão, batimentos cardíacos irregulares, tiques nervosos, jogo de futebol. É este o cenário macabro, mas apenas para alguns dos presentes, claro está, que na outra ponta do sofá estou eu, numa postura descontraída, provavelmente a arranjar as unhas ou a aproveitar aquela fabulosa oportunidade para roubar as chaves do carro a alguém e ir fazer uma escapadinha às termas do Gerês. É que naqueles 90 minutos toda aquela gente parece congelar no tempo e numa dimensão paralela, e eu até poderia fazer-lhes pinturas faciais, traficar droga ou vandalizar-lhes a casa mesmo à sua frente, que só dariam conta disso ao apito final do senhor árbitro.
Eu sinceramente, não me ralo. Só me junto à família porque seria um desgosto por demais para o senhor meu pai saber que a primogénita não apoiava o Sporting Clube Portugal. Valha-lhe Deus Nosso Senhor! Então pronto, lá fico eu gozando daquele momento só para mim em que ninguém me há-de chatear, e quando ocasionalmente o meu pai ou alguém desce à terra por questões de primeira necessidade apenas, lá entro eu na personagem, atiro um sonoro e enfático : "É FORA DE JOGO! LADRÕES! ÁRBITRO FILHO DA PUTA! " e pronto, toda a gente acredita e o meu pai fica muito orgulhoso de mim!
Mas entre estes serões em família extremamente saudáveis e de comunhão exemplar, vou reparando em alguns pormenores daquele entretenimento demoníaco que é o futebol.
Entre coxas, gémeos, comentários estruturados em frames de 0.0002 segundos, e dinheiro para limpar rabos, o que MAIS me intriga É..... o prolongamento.
É verdade... em toda a minha experiência de espectadora de pelada (que confesso não ser das mais atentas e fiéis) , nunca vi um jogo que terminasse de facto, aos 90 minutos como previsto. Há sempre 3 minutinhos a mais, aqueles 3 minutinhos mesmos feitos à medida do Bypass, aqueles 3 minutinhos em que tudo pode mudar e em que o mundo pode acabar!
Ora, pergunto eu aos meus botões que eles são mais sábios que eu, se não valeria mais a pena parar o cronómetro nos tempos mortos, e pronto vá, determinar os jogos para os 93 minutos, porque no fundo a gente até gosta e sempre dá para mais uma mini e uma mão cheia de tremoços!
Eu sinceramente, não me ralo. Só me junto à família porque seria um desgosto por demais para o senhor meu pai saber que a primogénita não apoiava o Sporting Clube Portugal. Valha-lhe Deus Nosso Senhor! Então pronto, lá fico eu gozando daquele momento só para mim em que ninguém me há-de chatear, e quando ocasionalmente o meu pai ou alguém desce à terra por questões de primeira necessidade apenas, lá entro eu na personagem, atiro um sonoro e enfático : "É FORA DE JOGO! LADRÕES! ÁRBITRO FILHO DA PUTA! " e pronto, toda a gente acredita e o meu pai fica muito orgulhoso de mim!
Mas entre estes serões em família extremamente saudáveis e de comunhão exemplar, vou reparando em alguns pormenores daquele entretenimento demoníaco que é o futebol.
Entre coxas, gémeos, comentários estruturados em frames de 0.0002 segundos, e dinheiro para limpar rabos, o que MAIS me intriga É..... o prolongamento.
É verdade... em toda a minha experiência de espectadora de pelada (que confesso não ser das mais atentas e fiéis) , nunca vi um jogo que terminasse de facto, aos 90 minutos como previsto. Há sempre 3 minutinhos a mais, aqueles 3 minutinhos mesmos feitos à medida do Bypass, aqueles 3 minutinhos em que tudo pode mudar e em que o mundo pode acabar!
Ora, pergunto eu aos meus botões que eles são mais sábios que eu, se não valeria mais a pena parar o cronómetro nos tempos mortos, e pronto vá, determinar os jogos para os 93 minutos, porque no fundo a gente até gosta e sempre dá para mais uma mini e uma mão cheia de tremoços!
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