05/11/2010

É a vida...

- Pessoalmente, eu prefiro a minha beleza natural!
- Bem, mas para isso, primeiro a natureza tinha de ta ter dado.

...

27/10/2010

Palavras do Dia #1

Pestilento
(latim pestilentus, -a, -um)
adj.
1. Que é relativo a peste.
2. Que provoca ou transmite peste.
3. Que exala um mau cheiro muito intenso.
4. Fig. Que corrpompe, danifica.

Situação
Na maior parte das vezes utilizo-o como em 3. - ex: "Que homem pestilento!!"; "Cheira a vomitado pestilento"... etc, etc.

Para além de ser um insulto elegante, Pestilento confere um dramatismo fabuloso aos cheiros. Um carácter quase fatal quando sujeito a um grande período de exposição. E é masculino. Se fosse feminino seria Fétida, palavra essa que também gosto, mas fica para outro dia, quando encontrar uma mulher fétida no metro como encontrei hoje um homem pestilento. Não deve ser difícil, de facto...

Os Critérios
Pestilento é uma palavra grande. Palavras grandes, por norma, ganham logo vantagem à pequenas, mais não seja por demorarem mais tempo a ouvir. E tem muitas consoantes diferentes, exige automaticamente destreza na dicção. Além disso, é pouco comum no vocabulário actual, no entanto com potenciais aplicações na gíria popular, senão vejam só: "Que chulé pestilento!" - o chulé sobe logo de nível. É lindo...

Pestilento é também uma palavra cara. Qualquer tia diria pestilento em vez de mal-cheiroso, mesmo que o mau-cheiro fosse só de um arrotinho, banho de dois dias ou uma coisa pouca. E carregando no "-lento".

Para finalizar, Pestilento é ainda uma palavra que remete ao arcaico. Mais não seja pelo ponto 1. e 2. que aposto terem sido moda na idade média.

Posto isto, está argumentada a minha eleição de Pestilento como Palavra do Dia#1. Mas bastava dizer que gosto.

04/10/2010

Reflexão

Se, hipoteticamente, o Freeport Outlet tivesse uma loja de animais, isso significaria que vendiam porquinhos da índia velhotes? Ou peixinhos às portas da morte?

25/03/2010

8º Mistério - o'Dos Bolos

Hora do lanche, a minha refeição favorita. É que o lanche é, para mim, a única refeição do dia em que temos legitimidade para comer toda a trampa que quisermos. Folhados borbulhantes de gordura, tostas mistas de 7 andares, leite com chocolate, chocolates de leite, bolicaos, donuts, bolos! O que não quer dizer que eu não coma trampa equiparada nas demais refeições, mas ao lanche sinto-me menos culpada.

Ora e aqui estou eu, neste preciso momento, a contemplar uma gorda e fofa fatia de bolo pão-de-ló e uma bruta caneca de Nesquick. E no meio destas trincas tão boas que quase penso que é pecado, vem-me à ideia uma pergunta sem resposta aparente:

Quem foi o visionário que, há muitos e muitos anos atrás, alguma vez pensou que misturar ovos, farinha e leite ia fazer uma coisa tão boa como massa para bolos?
...

É que à primeira vista eu diria que era nojento! Uma pasta viscosa, nem é líquido nem é sólido, amarelo e com bolhinhas, e com três ingredientes que se me mandassem ingeri-los ao mesmo tempo, eu diria que era castigo!

Eu não sei quem foi o audaz que em tempo de escassez (sim, que os bolos já são do tempo da Maria-cachucha, quando o povo mal tinha dinheiro para o pão) decidiu arriscar em fazer tamanha mistela e comê-la a seguir! Acho demasiada ousadia!

No meu ver, acho que o que se terá passado foi o seguinte:

Algures na antiguidade, o nosso amigo Júlio César decidiu dar um daqueles banquetes pipocas lá deles, tudo virou azáfama no Domus e toca de mandar os escravos trabalhar. Nos preparativos, algumas escravas devem ter ido buscar os ingredientes numa correria! Ora por um corredor vinha uma escrava com uma malga de açucar. Noutro corredor, outra escrava com a farinha. Noutro ainda, uma outra com o leite. E por fim, a última escrava com os ovos.

Ora a escrava dos ovos a correr, a escrava do açucar a correr, a escrava da farinha a correr e a escrava do leite a correr... todas a correr em corredores diferentes que iam dar a um mesmo sitio. Corre uma, corre outra, corre uma, corre outra, chegaram ao meio e pumba! Encontrão colossal, farinha, ovos, leite e açucar pelo ar, e quando tudo cai por cima delas, eis senão que surge a escorrer a pasta divina que torna a nossa existência hoje em dia muito mais feliz.


E pronto, eu cá acho que foi assim.

p.s. Ah, e tava um calor dos diabos, que cozeu instantâneamente a massa. Ora aí está.

13/01/2010

Pensamentos de um Reveillon

No virar deste ano, fui desde logo abençoada com uma série de revelações e pensamentos de circunstância nessa primeira madrugada e que achei merecedores de registo.



1 de Janeiro de 2010 Hora aproximada: 8.30 a.m. - Hora do recolher

Local: Cama Posição: Próximo do invertebrado



Pensamento:

" Ok... Não me posso mexer muito, porque estou a fazer "slalom" em garrafas de Vodka que estão dispostas ao longo da minha cama.... e, aconteça o que acontecer, não posso tocar nelas! "



...



1 de Janeiro de 2010 Hora aproximada: 9.00 a.m. - Insónia

Local: Cama Posição: Sentada



Pensamento:

"Oh meu Deus! Está a haver um terramoto! Juro que está a haver um terramoto! Porque é que só eu é que reparo?"



...





1 de Janeiro de 2010 Hora aproximada: 3.00 p.m. - Alvorada

Local: Cama Posição: Deitada



Pensamento:

"Porque é que os indicadores de todos os telemóveis, independentemente da operadora, começam por 9? Terá o número 9 algum significado oculto? Será uma conspiração do Governo? Seremos todos fantoches das telecomunicações?" ... "Ok, acho que perciso de dormir mais um pouco."



...



Entre outros.



Que o vosso ano tenha começado de forma tão rica quanto o meu! Bem Haja!

p.s. Um relativo estado de embriaguez poderá, eventualmente, ter contribuído EM PARTE para estas epifanias.