São 22.30. Tenho um trabalho para fazer. Tenho um texto para escrever. Tenho uma hora de aplicação pela frente. Tenho uma súbita dor óssea ao nível das mãos que me afecta as articulações dos dedos!
Suspiro.
Entretenho o raciocínio com distracções tentadoras, percorro uma série de alibis que me façam acreditar cegamente que a tarefa que tenho não é assim tão importante, para sair de fininho da sala de julgamento onde trabalha a minha consciência (ela sim, trabalha incondicionalmente. Com isto quero mesmo dizer ausência de condições).
Não quero com isto dizer que não goste do que tenho para fazer. Mas há outras coisas que gosto e que são tão mais simples que... um momento, tenho aqui um cigarro que não pode mesmo esperar!
Como eu estava a dizer, eu sei que o trabalho e o empenho são necessários para se ser bem sucedido e destacado. Mas são resultados a médio/longo prazo e o plágio, corrupção, contactos e atalhos também funcionam e todos ficam felizes. Excepto a minha consciência, mas ela entretém-se a trabalhar noutro lapso qualquer da minha postura.
Grande parte dos trabalhadores Portugueses padece desta maleita: preguiça – a antítese do trabalho. Não se esforça a 100% porque secalhar 70% chega, e em dias maus o 50% dá para o gasto. Confia-se na sorte, tal como se confia em lotarias para enriquecer. Toda a gente conhece a lei do menor esforço e é das poucas que ninguém se importa de cumprir.
Trabalho exige perseguir objectivos, exige dedicação, exige detalhe, exige atenção, exige insatisfação, exige exigência, exige presistência, exige prioridades, exige escolhas.
E ninguém pode exigir muito mais quando se trabalhou.
Como tal deixei o meu cigarro a meio e escrevi o meu trabalho, para que com tudo o que lutar subir na vida à minha custa, viver bem e não ter de fazer mais nada.
14/03/2007
Os Mistérios
E porque a verdade e a saliva devem ser partilhadas por toda a gente, vou agora dedicar-me a essa causa e debater-me sobre assuntos para os quais formulamos inúmeras hipóteses que em vão se esfolam umas às outras para admitirem uma postura irrefutável.
Sim, também podia distribuir beijos a toda a gente, mas sofro de escorbuto .
Vamos chamar-lhes mistérios!
E por mistérios entenda-se (citando J. Almeida Costa e A. Sampaio e Melo in Dicionário da Língua Portuguesa - Porto Editora) "verdades dogmáticas ou questões Universais que a razão humana não pode compreender; tudo o que tem causa oculta ou que parece inexplicável. "
Enjoy your meal, ladys and gentlemen!
Sim, também podia distribuir beijos a toda a gente, mas sofro de escorbuto .
Vamos chamar-lhes mistérios!
E por mistérios entenda-se (citando J. Almeida Costa e A. Sampaio e Melo in Dicionário da Língua Portuguesa - Porto Editora) "verdades dogmáticas ou questões Universais que a razão humana não pode compreender; tudo o que tem causa oculta ou que parece inexplicável. "
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